quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Contra-informação

Muitas coisas acontecem no mundo nesse instante. Num mundo onde a tecnologia dominou todos os setores e que a informação ocorre numa velocidade maior do que a aquela que nós podemos assimilar, nos resta pouco a fazer diante de grandes e pequenas transformações. O que acontece no bairro vizinho? Na cidade vizinha? No Brasil? No Mundo? Na verdade, nada sei ao certo. Sim, na internet encontro informações, mas essas mesmas cada vez mais resumidas e superficias. Por exemplo, qualquer jornal não dá mais do que 2, 3 páginas, quando tanto, para as notícias mundiais. O que de fato é uma informação válida? Até que ponto o que sabemos é realmente uma sabedoria? Velocidade. Essa é a marca de nosso tempo. Enquanto escrevo aqui, várias coisas podem ter mudado a respeito da reportagem que li a pouco. Mas mais do que essas probabilidades o que mais me perturba, por assim dizer, é a confiablidade da informação. Vivemos no mundo da contra-informação, pois você lê algo aqui e logo depois encontra alguma informação contrária ao que leu. Qual a verdade? Quem está certo? Liberias, conservadores, ecologistas, progressistas, religiosos, ateus?

Ok, há uma certa pauparidade, uma certa aparencia de realidade vivenciável... mas mesmo esta, carrega em seu intimo uma carga de surrealidade, de parcialidade especulativa que a partir do momento que percebida, deixa de ser aquilo com o qual estávamos acostumados... perde-se a certeza e com ela, perde-se os fundamentos daquilo que chamamos ordem vigente. Se, a partir do momento que ordem vigente deixa de ter sua base, como poderiamos recria-la? Eis porque é um caminho sem volta, que por sua vez abre tantos outros caminhos sem volta... e eis-me aqui, nessa encruzilhada tentando ao menos manter a dignidade.

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